sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
A mulher e o deserto
E mais uma vez após o cair da noite adentrava a tenda daquela mulher, que como sempre já estava a espera de seu homem.O silêncio pairava sob aquelas paragens, apenas a brisa fresca percorria o deserto àquelas horas.
Era no calar da noite que os homens se recompunham da dura batalha do dia-a-dia.Era no seio de suas amadas que podiam deitar suas cabeças, certos de que alí encontrariam a maior de todas as recompensas: a paz e o reencontro consigo mesmo.Até os homens da guerra em determinados momentos precisavam render-se a si mesmos.
Como se o mundo e as guerras não mais existissem, como se houvesse apenas aquela tenda, apenas aquela mulher...
Seria um sonho se houvesse apenas isto para viver, mas a vida de um homem salvo raras exceções devia ser marcada pela dor, pela luta, pela guerra.Isto era ter o nome honrado para todo sempre nos autos da história.
Bem, mas quando a noite caía, nada mais importava, nem sangue nem guerra, nem o próximo plano de ataque, apenas uma mulher existia.
Perder-se nos braços da mulher amada, sentir de perto o calor que seu corpo exalava, fazendo juras de amor ao pé do ouvido.E em troca, sua tão bela morena lhe fazia o homem mais feliz entre todos os homens.Mel escorria pelos seus lábios e se esparramavam por todo meu ser.
Que seja eterno enquanto dure!E que a lua perdurasse no céu infinitamente banhando corpos e estrelas.
Lá fora o mundo urgia, as feras estavam a solta prontas a devorar o homem que lhe cruzasse o caminho.Mas graças aos deuses existia o dia, mas também a noite, haviam mulheres, haviam amadas, que lhes jusificavam todos os seus dias.
Deus havia pensado em tudo.Criara o amor, para que assim nossa caminhada sobre a terra fosse suavizada.
Logo, um som suave provocado pelo êxtase daquele amor percorreu todo o deserto, a única testemunha daquele momento.
Tão logo o sol surgisse no céu, levantavam-se, recompunham-se.Depedia-se de sua tão incrível amada e dava-lhe um beijo em sua testa.E como sempre ela nada lhe dizia, apenas desejava do fundo de sua alma que o deserto lhe trouxesse de volta quando a noite caísse mais uma vez.Era assim.
Desta vez, entregou-lhe um lenço branco com seu perfume de canela, assim poderia ter sempre consigo sua presença.
Logo, ao longe sob os primeiros raios de sol ele acenava distante.Agora precisava trabalhar e trabalhar para esquecer que havia ainda um dia inteiro pela frente, até que o reencontrasse de novo.Mulher experiente que era, trazia no peito a dor da experiência.Sabia que mais dia menos dia seu homem não mais voltaria.
O mundo era um tanto cruel,mas a vida era assim mesmo, devia se conformar.Ao menos se ele não voltasse ainda assim teria sido uma privilegiada, pois traria consigo pelo resto de sua vida o cheiro e o gosto do seu homem, cuja essência estaria gravada para sempre em seu corpo. E ainda agora sentia o gosto e o sabor dos seus lábios sobre os meus.
Era uma mulher de sorte, pois conhecia a guerra, mas também o amor de um Homem!
(Postado em novembro de 2008)
Era no calar da noite que os homens se recompunham da dura batalha do dia-a-dia.Era no seio de suas amadas que podiam deitar suas cabeças, certos de que alí encontrariam a maior de todas as recompensas: a paz e o reencontro consigo mesmo.Até os homens da guerra em determinados momentos precisavam render-se a si mesmos.
Como se o mundo e as guerras não mais existissem, como se houvesse apenas aquela tenda, apenas aquela mulher...
Seria um sonho se houvesse apenas isto para viver, mas a vida de um homem salvo raras exceções devia ser marcada pela dor, pela luta, pela guerra.Isto era ter o nome honrado para todo sempre nos autos da história.
Bem, mas quando a noite caía, nada mais importava, nem sangue nem guerra, nem o próximo plano de ataque, apenas uma mulher existia.
Perder-se nos braços da mulher amada, sentir de perto o calor que seu corpo exalava, fazendo juras de amor ao pé do ouvido.E em troca, sua tão bela morena lhe fazia o homem mais feliz entre todos os homens.Mel escorria pelos seus lábios e se esparramavam por todo meu ser.
Que seja eterno enquanto dure!E que a lua perdurasse no céu infinitamente banhando corpos e estrelas.
Lá fora o mundo urgia, as feras estavam a solta prontas a devorar o homem que lhe cruzasse o caminho.Mas graças aos deuses existia o dia, mas também a noite, haviam mulheres, haviam amadas, que lhes jusificavam todos os seus dias.
Deus havia pensado em tudo.Criara o amor, para que assim nossa caminhada sobre a terra fosse suavizada.
Logo, um som suave provocado pelo êxtase daquele amor percorreu todo o deserto, a única testemunha daquele momento.
Tão logo o sol surgisse no céu, levantavam-se, recompunham-se.Depedia-se de sua tão incrível amada e dava-lhe um beijo em sua testa.E como sempre ela nada lhe dizia, apenas desejava do fundo de sua alma que o deserto lhe trouxesse de volta quando a noite caísse mais uma vez.Era assim.
Desta vez, entregou-lhe um lenço branco com seu perfume de canela, assim poderia ter sempre consigo sua presença.
Logo, ao longe sob os primeiros raios de sol ele acenava distante.Agora precisava trabalhar e trabalhar para esquecer que havia ainda um dia inteiro pela frente, até que o reencontrasse de novo.Mulher experiente que era, trazia no peito a dor da experiência.Sabia que mais dia menos dia seu homem não mais voltaria.
O mundo era um tanto cruel,mas a vida era assim mesmo, devia se conformar.Ao menos se ele não voltasse ainda assim teria sido uma privilegiada, pois traria consigo pelo resto de sua vida o cheiro e o gosto do seu homem, cuja essência estaria gravada para sempre em seu corpo. E ainda agora sentia o gosto e o sabor dos seus lábios sobre os meus.
Era uma mulher de sorte, pois conhecia a guerra, mas também o amor de um Homem!
(Postado em novembro de 2008)
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