Pelos caminhos da floresta... transita minh'alma


Canção pra alma... poderosa

Canção pra alma... Intensa

Canção pra alma... e coração

Um homem e o seu destino

Era uma vez o universo, um barco e um homem.



Seguia ele mais uma vez em direção ao oceano, ao profundo oceano onde habitava sua alma. Remo em punho, seguia em direção ao infinito. Ali naquele lugar onde tempo e espaço não existiam, podia contemplar o que lhe era tão caro, o imenso e inexplorado universo acima do horizonte. Neste momento, deixava o remo ao lado. Recostava-se em seu pequeno barco, olhando para a inexprimível beleza do tesouro que se abria a sua frente.

Entre céu e mar, lá estava ele. Só. A observar e quem sabe, ser observado pelas estrelas, pelos planetas e sóis acima de si. Enternecido ficava, a contemplar aqueles pequenos pontos brilhantes no céu, como joias a reluzir em diferentes cores e tamanhos. E como era belo o infinito. E de tanta beleza e perfeição, sentia-se pequeno, ali parado em seu pequeno barco.

Na plenitude daquele momento, mergulhado no mais profundo silêncio de seu coração era como se também ele fosse parte inerente àquela paisagem. Ele era um homem... era as próprias estrelas, era os sóis que se estendiam por todo universo, sim porque sabia ele existirem mais de um. Ele era o sopro da brisa silenciosa que circundava a criação dos deuses. Era os cometas que transladavam o universo afora. Ele era a luz que habitava os céus. Era o infinito. Era também o cosmos e o seu esplendor. Tudo estava nele, na medida e na frequência exata de seu existir. Mas tudo isso ele apenas podia levemente sentir. Pois que haveria de ser da criação sem ninguém a observá-la?

Eis que de observador, inexplicavelmente torna-se ele o próprio universo observado. Eis o todo que mora no um e o um que mora no todo. Ambos transformados num só. Eis a intrigante alquimia iniciática o qual podem os homens experimentar.

Extasiado por tal experiência inebriante, eis que de mansinho surge em meio as águas, uma bruma de um branco iluminado. Circunda-o. Em seu estado de profundo encontro com seu Deus interior, não se altera pelo surgimento daquela misteriosa névoa. E, então, dos céus, desce ele o seu olhar para as águas. E tal qual observava admirado as estrelas do céu, também agora observava admirado a fina névoa sob a água, movendo-se graciosamente ao entorno de seu pequeno barco. E nesse instante, ouviu-se do profundo de seu coração - porque é assim que Deus fala aos homens - :


- Eis a criação em suas infinitas manifestações de amor!


Ao ouvir tais palavras exprimidas sem som, arrepiou-se. Levantou-se. E em pé de remos em mãos, pôs-se a melhor fitar aquela estranha névoa. Seu coração mais forte começou a bater. E eis que tenro milagre aconteceu. Por detrás daquela branca e iluminada névoa surgia ela. Como a deslizar sobre as águas em alvas vestes reluzentes, seguia lentamente em direção à ele. Atordoado por tais visões, esfregou os olhos como a ver se não estava sonhando. E como a flutuar sobre as águas deslizava ela em direção à ele. Radiante. Em véus que se faziam cor de luz.

Impossível era conter a lágrima que dos olhos dele brotou. Impossível era ele não chorar num momento como aquele. Era o espírito do amor voltando ao seu coração. Era ela voltando pra casa. Sentiu-se sem voz. Não haviam palavras na terra ou no céu que pudessem exprimir a magia daquele reencontro. E também ela assim o sentia.

E já próxima ao pequeno barco, estendeu ela a sua mão. E tal como os cavalheiros de outrora, ele a segurou conduzindo-a gentilmente à sua humilde embarcação. Que podia oferecer ele à ela? Nada. Pensava ele, que tudo o que tinha era apenas um pequeno barco e um remo e nada mais...


Mas ela sabia, ele tinha absolutamente tudo o que ela precisava.

E ela precisava apenas de... estrelas no céu e um pequeno barco de um remo só, onde se encontrava um homem. Um homem que estava a lhe esperar por muito tempo. E que só agora ela podia quase, enfim, retornar à ele.


(texto dedicado a um amigo muito especial...)



"Salve a sabedoria dos antigos... E vida eterna a nossa amada Tradição Druídica"


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Questão: - Uma mente brilhante pode se transformar numa mente medíocre?

Resposta: sim, é possível.

Enquanto não renascermos, enquanto não sairmos debaixo de nossas próprias cinzas, não poderemos acionar nosso potencial divino.Em essência somos todos brilhantes, mas quando recaímos (novamente) sob a condição de seres humanos, rompemos esse ele de ligação.Por isso precisamos urgentemente ampliar de alguma maneira nossa consciência.Sem esta significativa ampliação tudo se tornará tão ou mais difícil do que já se é.
A vida do homem está nas mãos do próprio homem, cabe a ele galgar o melhor caminho.Se não lutar e principalmente se não escolher, poderá transformar-se completamente num ser tolo e medíocre - como muitos já o são - que vive as margens da sociedade vivendo uma vida que realmente não é sua.

"Somos de lugar nenhum"

Temos uma maneira um tanto equivocada de pensar quando dizemos que somos do Brasil, ou da China, ou seja lá de que lugar.O fato é que somos cidadãos do planeta Terra!
Tem-se de começar a pensar a nível de raça humana, algo que vai muito mais além do puramente social.Está certo que todos nós formamos a sociedade, mas cada um de nós vai muito além dela.Somos partículas divinas dotadas de vida que viaja mundos.Estamos temporariamente fazendo parte desse mundo, dessa atual sociedade.Mas a alma permanece acima de tudo, e devemos estar cientes de que ela sempre co-existirá em paralelo a todos os eus que se possa ter.
Quem tem consciência dessa centelha divina, vive de verdade, e sai do ciclo da fatalidade do puramente material.É nesse ponto que a existência se completa, através de nossa própria consciência nos libertamos de condição tão primária, tomamos conta de nosso poder, amor e glória.
Temos de pensar que quando evoluímos, a alma do planeta também evolui.Estamos fundidos nele: o planeta vive em nós e nós vivemos nele.

Lembremos que o planeta já dá o melhor de si, agora precisamos dar o melhor de nós.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

As pérolas da vida

Todos nós somos como pedras preciosas a serem lapidadas.Cada um é único com suas cotas de particularidades.Como ser finito que somos nesse estado temporário da matéria, apresentamos uma gama infinita de defeitos, de fraquezas e de pequenezas.Todas as pessoas trazem dentro de si algo muito importante, que geralmente não se dão conta, trazem a centelha divina.Estamos aqui para aprender, e ficamos espantados quando descobrimos que tudo aquilo que procurávamos não estava lá fora em algum lugar do mundo, por incrível que pareça tudo já estava dentro da gente mesmo.A mágica mora dentro e é lá que estão os grandes mistérios a cerca da vida do próprio homem, e curiosamente, é justamente lá que as pessoas NÃO PROCURAM!
Procuram pelas respostas em todos os cantos do planeta, muitos vão para as drogas, vícios sem fim, prostituição, enfim, se perdem quase que de maneira irreparáveis.Infelizmente a ignorância de coisas básicas da vida leva algumas pessoas ao total fracasso de si mesmas.Coisas que poderiam ser evitadas se houvesse quem lhes dessem uma luz no fim do túnel, dizendo que a vida não precisava ser assim, que ela poderia ser mudada a custa de seu próprio esforço.
É a maneira como olhamos o mundo ao nosso redor é que faz a diferença.Como é cruel olhar as pessoas abandonadas ao relento, relegadas a própria sorte, mas como é bom poder ver e sentir a beleza que vem de suas almas, ver que são filhos e filhas de Deus, nossos irmãos apenas em situação desagradável, digamos assim.A humanidade ainda não se atentou para o fato de que somos todos um só corpo.Ainda que hajam muitas pedras brutas a serem lapidadas, ainda assim, todos possuímos a beleza de sermos obras da criação.Somos seres humanos, vivos, dotados de razão e por vezes dotados de amor.
Se a Terra vaga quase que a esmo nesse universo de meu Deus, flutuando no espaço sem que nada a segure a não ser a mão do próprio Deus, então, como podem as pessoas se acharem tão seguras a ponto de acreditar em suas verdades medíocres, a ponto de se acharem melhores que as outras por se vestirem melhor, por comerem melhor... isso é ilusão!
Compaixão é a palavra de ordem.Os homens precisam aprender o amor, puro que vem da alma, da certeza de que todos viemos e todos partiremos dia desses.E nesse dia descobriremos que as pessoas são as verdadeiras pérolas da vida, e o resto será apenas resto.E talvez, com um peso gigantesco na consciência nos arrependamos de não ter olhado a volta e ter estendido a mão àquela criança abandonada ou àquele adulto que se perdeu de si mesmo e não mais se achou.
Dera poder levar pra casa todas as criancinhas do mundo que choram com fome, e todos aqueles que sofrem jogados por aí... entendendo que não há alegria no sofrimento alheio.Todos temos os mesmo direitos, sem excessão.
Cabe a cada um desenvolver o amor no coração, enquanto há tempo, enquanto as pérolas ainda estão por aqui, enquanto o colar ainda não se partiu.
Resgatemos pois nossa origem divina adormecida nas profundezas de nosso ser.
Somos e podemos ser muito melhores do que somos, do que fomos.
Podemos escolher amar e amar e amar, infinitamente com nossos corações humanos.
Somos e podemos viver a imagem e semelhança de Deus.
Que Ele nos guie e nos mostre o caminho do amor, da compreenssão, da compaixão.
Felizes aqueles que olham pra dentro!Porque encontrarão a Deus!

domingo, 26 de julho de 2009

Quando a vida nos pede atitude

Quando a vida nos joga contra a parede, quando ela nos dá cheque-mate: nós contra nós mesmos.
Quando somos nós os únicos a acreditar em nós mesmos, em nossa arte, em nossos dons, em nosso coração.Quando todas as vozes se calam e percebemos do fundo de nossa alma, que não há ninguém que possa realmente fazer alguma coisa por nós, a não ser a gente mesmo e ponto.
Somente nós sabemos o preço de nossa felicidade, naquilo que nos satisfaz tão plenamente, tão simplesmente em nossa vida.Ninguém nunca saberá exatamente o peso de algo que nos custa a própria alma, a própria morte, a própria sorte!
Depois de algum tempo na estrada da vida aprendemos que tudo o que vivemos são consequências de nossas atitudes do passado.Então, eis a grande cilada: qual atitude devemos tomar daqui por diante.Como se diz: gato escaldado tem medo de água fria! E assim, claramente, acontece conosco, cada erro é como um soco no estômago e deixa suas marcas irreversíveis no caráter mais íntimo de nossas almas.Feridas são lavadas, são cicatrizadas ao sabor do tempo e do vento, mas são indelevelmente marcadas pra sempre nas poeiras do sem fim da eternidade, onde todas as coisas passadas, presentes e até mesmo futuras são registradas.
Eis o drama de todo e qualquer ser humano... de ontem, hoje e sempre!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Fiel a si mesmo"

Tenho notado como as pessoas se incomodam umas com as outras a troco de tão simplesmente nada.É aquilo de olhar pro lado e apontar para aquilo que supostamente acreditam ser defeito.Sempre me foi muito comum desde a infância viver em volta dos livros, e como era comum ouvir: -Menina, sai desses livros!! Como se isso fosse a coisa mais errada do mundo.E de fato, me lembro como as pessoas se incomodavam com isso, mas ao contrário eu me sentia bem, feliz.Hoje pensando no assunto, de repente eu poderia ter ido por outro caminho se tivesse levado em conta o que me diziam e com toda certeza não seria quem sou - assim poderia ter abandonado o mundo dos livros, mas graças ao bom Deus isso não aconteceu.Apesar do que diziam continuei com a cara metida nos livros e hoje sem dúvida nenhuma que são minha grande paixão.A questão é que nunca deixei de ser fiel a mim mesma, durante todo o tempo continuei lutando pelo que acreditava, e ainda hoje, ouço meu esposo dizendo: - Joga fora esses livros, estão muito velhos... mas aí é aquela luta, não gosto de me desfazer de nenhum livro, pode estar velho e ultrapassado, mas pra mim constituem definitivamente meu maior tesouro e não abro mão! Sabe Deus a delícia de estar entre todos os meus livros, cheios de histórias, ensinamentos e sabedoria... como um manjar dos deuses.Claro, que talvez, as pessoas não soubessem disso, e quem sabe ainda hoje não o saibam, mas na verdade mesmo isso pouco importa.Importa mesmo, é cada um seja fiel a si mesmo, fazendo sempre aquilo que mais gosta, fazendo com que todos os seus dias valham realmente a pena, simplesmente porque a cada um basta o seu próprio prazer...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Paixão na selva de pedra

Aquele fora um dia tumultuado, estava exausta.A incorporação sugara toda a sua energia e agora aquele trânsito infernal.A vida na cidade grande era uma prova de fogo e em nada se assemelhava com a vida no campo, onde passara toda sua infância.
Virei a rua e ops, sem querer desequilibrei-me da moto.Que estranho! Alguma coisa acontecera. – E agora, será que havia furado o pneu?Ainda estava muito longe de casa, precisava parar em algum lugar e ver o que tinha acontecido.Estava num bairro que pouco conhecia.Andou mais cinco quarteirões e com a graça de Deus avistou uma placa : borracharia.
Pronto! Estava salva pelo gongo. Não acreditava muito em anjos da guarda, mais se existisse um, com certeza fora ele que ajudara, botando aquela espécie de oficina bem na sua frente.Bem o jeito era parar ali mesmo, não tinha saída.Era muito desconfiada com esse negócio de oficina, porque quando se tratava de mulher os marmanjos dava um jeito de ganhar um a mais.Bem, dos males o menor, ao menos não ficaria parada num lugar deserto por aí aquelas horas.
Parei a moto, não vi ninguém.Olhando a volta pude perceber um mundaréu de pneus espalhadas pelo local, que de certo a muito não via uma limpeza.Bati palma, havia uma pequena porta aberta, de onde saiu um rapaz.
- Olá, preciso de ajuda.
-Furou o pneu?
Ele foi diretíssimo ao assunto..
- Acho que sim.
Na mesma hora ele já pegou suas ferramentas e sem meias palavras ele disse:
- Meia hora moça.
- Ok, eu espero.Olhou a volta e não havia nem sequer um banco pra sentar.Tudo bem fazer o quê, tinha que agradecer por ter encontrado alguém que pudesse ajudá-la.
De repente, prestando mais atenção se deu conta de como ele era atraente

terça-feira, 12 de maio de 2009

Luz e trevas

Existiu e sempre existirá.Não há quem não ande nesse meio fio entre luz e trevas.Todos sujeitos a um e a outro.E o mais curioso que tanto um como o outro não existe somente lá fora, não! eles coexistem dentro de cada um de nós e basta um estopim, e conheceremos os piores infernos criados pelo ser humano, assim como podemos provar os prazeres do paraíso na Terra.
A grande questão reside no fato de que quando uma vez rompido o equilíbrio que preserva as partes, como reestabelecê-lo de volta.Como colar os cacos de um copo de cristal, de certo que jamais será o mesmo.Uma vez perdido o controle, estará ele perdido pra sempre?
Até que o amor cole os cacos, como sobreviver despedaçada?Como viver pela metade, sonhar pela metade, amar pela metade... sofrendo por inteiro! claro.
Sabe-se que tudo em nossas vidas é motivo de aprendizado e sempre será.
Mas quando a vida nos arma uma cilada e caímos, quando e como colocar um ponto final.
Até quando devemos agir como seres racionais, analisando cada item que envolve nossa vida, cada risco, como se tivéssemos a certeza de que tudo está em nossas mãos, quando na verdade quase nunca esteve.
Até que numa curva da esquina nossas naves perdem o controle, quando o poder sai de nossas mãos, quando a vida nos pede humildade para reconhecer nossos erros, mas também pede atitude pra seguir nossas vontades... quando e onde usar nossa sabedoria acumulada, mas ainda subjugada por mais uma existência limitada?
Por que custa caro a liberdade, custa caro o amor, custa caro a dor... ?
Tudo nos custa a vida, nosso bem mais precioso, e que tantos perdem por aí, simplesmente ao acaso.
Haverá perdão pra isso, haverá uma segunda chance na vida, haverá uma segunda chance no amor?
Que as trevas servem de lição, isso serve.Mas e o amor servirá de quê?
Quando se ama e não se é amado, eis o drama dos livros.
E quando se ama e é amado?
Quando a luz põe fim as trevas, terá chegado ao fim, esse reino de caos?

Todos aqueles que buscam a luz sabem que quanto mais perto dela, mais a trevas se aproximam, porque o mal não quer a luz no mundo e faz de tudo para extinguí-la.Então, de um jeito ou de outro ela estará por perto... tecendo suas intrigas, seus medos, minando por vezes, nossa coragem.De qualquer jeito pagaremos o preço:

por seguir o amor ou por seguir a dor;
por seguir a luz ou por seguir as trevas;
Não há nada que se faça sem que se pague o preço.

A nós mortais cabe simplesmente escolher...

sábado, 14 de março de 2009

Carta pra Deus

Cansada do mundo, cansada da sociedade, cansada de sobreviver, simplesmente cansada.
De ter que a todo momento interpretar papéis, de usar máscaras, de não poder ser quem realmente desejamos ser, simplesmente porque estamos num mundo de ilusões, ditado por mentes nada melhores que a nossa.
Que raio de vida é essa destinada a nós mortais desses tempos?
O que fazer quando percebemos claramente que o sistema está matando nossa essência, está nos consumindo nos fazendo morrer aos poucos.Como suportar a dor de saber que se está morrendo por dentro, e nada se pode fazer àquilo que é inevitável... simplesmente cansada.
Quando diante de todos os sonhos de outrora, tudo perde o controle, assim como a água escorre entre os dedos.A vida continua fria, desenfreada nos levando por caminhos sinuosos, tortuosos.
Quem há de ouvir o pranto saído do fundo de nossa alma... Deus... apenas, sabe o tamanho de nossa dor, o tamanho de nossa pequenez diante de tudo, porque somos humanos, fracos, cheios de dores e dúvidas... temores... desamores para conosco mesmos.
Devemos preparar o terreno de nossa própria cova, ao saber que estamos a caminho dela?
A fé moveu toda a raça até aqui, e será para todo o sempre?
E aquele que perde a esperança de ser realmente feliz?
Quando a filosofia na teoria já não mais adianta...
Quando a vida pede socorro... quem virá?... ninguém.
Apenas o vazio cortante dentro do peito, acompanhado da brisa fria e sombria que passa por nós, vinda dos escombros de um universo infinito.
Até onde vai as nossas forças para suportar o calor dessa vida infernal?
Pergunte-se: -Então, era só isso?
Não havia contos de fadas na vida, apenas a realidade nua, dura e crua...
E aí, que a grande maioria se perde... de si mesmo... dos seus sonhos... é aqui que a infância
passa a ser algo tão longínquo, distante... e a apagamos de nossa memória... afinal estamos ocupados demais... morrendo por dentro e por fora...
Era só isso?
Crescer... para viver só isso?
E depois partir desse mundo, assim sem mais nem menos.
Eis o mundo da dualidade: bem e o mal.Convivendo inseparadamente nesse mundo cruel.
Um tentando combater o outro... enquanto ficamos no meio dessa trilha de fogo.
Que os anjos nos ajudem a combater nossos demônios, porque aliás são muitos.
Uma guerra onde não podemos prosseguir sozinhos, porque precisamos de armas além-humanas.
Nossa alma reside ao infinito, mas nosso corpo reside aqui, no mundo físico dessa terceira dimensão.A pátria espiritual deixa saudades... vontade de voltar pra casa... deitar a cabeça no colo de mãe Maria... ouvindo sinfonia dos anjos...
O mundo definitivamente está em guerra, tanto no céu quanto na Terra, dentro e fora de cada um de nós.
Onde está o limite do humano, até onde podemos de fato ir?
Até onde suportar o caos em nós mesmos?
Acho que todos estamos simplesmente cansados... de um jeito ou de outro...
Presos, acorrentados ao mal que nós próprios criamos.E sujeitos as maldades de outros contra nós.
Salve Deus nossa condição de humanos miseráveis, que nem sabem da grande que possuem, mas que sabem duvidar, questionar, as decisões dele.

Quem dera poder ficar ali na minha casinha simples, no meio da floresta, cercada pela natureza, podendo comungar todos os dias com Deus e o universo acima de nossas cabeças, sem compromissos, sem horários, sem regras... e principalmente sem pessoas...
Apenas comtemplar o simples fato de existir no seio de nossa terra... respirar o ar puro... olhar o céu e as estrelas... ouvindo o som das águas que passam pelo córrego... ouvindo o coração bater e descompassar pela simples emoção se sentir vivo... e também por descobrir a fonte eterna do puro amor... sem pré conceitos humanos, mas apenas divinos... que está muito além de nossa compreensão... O que Deus espera de nós... e o que nós esperamos dele...
Esperamos na promessa dele feita outrora para nós... e em especial pra mim mesma.

domingo, 1 de março de 2009

Mais lembranças...

Sentia-me zonza, tonta, aquela pancada havia me jogado longe.Quando vi estava caída ali no asfalto, sem saber direito o que havia acontecido.Olhei pelo meu corpo e não havia ferimentos, nem dor, talvez, porque o sangue ainda estivesse quente.Me sentia completamente desorientada.Ao longe avistei uma luz branca se aproximando lentamente, parecia-se com um avião.Não estava conseguindo enxergar direito minhas vistas estavam embaçadas.Tentei me levantar, mas as pernas fraquejaram, era melhor que ficasse mais um tempo sentada até recobrar as forças novamente.Na curva da estrada surgiu um caminhão, pensei que bom, enfim, alguém pra ajudar.Desta vez coloquei-me em pé apoiando no carro e acenei.O caminhão parou e um homem desceu.Respirei aliviada, afinal ninguém merece ficar naquele breu, sozinha, aquela hora da madrugada...
O tal homem passou por mim como se estivesse mais interessado no estado do veículo do que em mim.Olhei incrédula pra ele, como as pessoas podiam ser assim? me perguntava.Fiquei observando-o e vi quando ele fez o sinal da cruz.
-Mas porque é que ele fez o sinal da cruz? me perguntei imediatamente.Nesse instante fiquei gelada, vai ver tinha mais alguém comigo e com a pancada na cabeça me esqueci!
Assustada coloquei a mão na boca, não podia ser!
Um nó na garganta, um desespero se apossou de mim.Tudo aquilo só podia ser um sonho!
Me escorando ainda no carro, fui para o outro lado.Um calafrio percorreu-me a espinha, senti que literalmente, perdia o chão.
Eu simplesmente estava lá, toda estirada no asfalto sobre uma imensa poça de sangue!
-Não pode ser, exclamava.Como isso era possível se eu estava alí vivinha da silva!
O homem pegou o celular, de certo para pedir ajuda, óbvio.Me aproximei mais dele, mas ele parecia não me notar.Achei que ia desmaiar ante a pressão que estava sentindo no peito, quando olhei novamente para o céu e vi que aquela luz de antes, agora estava bem mais próxima de mim.Definitivamente não era um avião, era como uma bola de luz.Parou a certa distância e pude notar uma pessoa caminhando em minha direção.Não conseguia raciocinar direito, estava confusa.Era estranho havia muita luz envolta daquela pessoa, conforme se aproximava uma calma ia me invadindo.Com os olhos marejados de lágrimas vi um já senhor de cabelos grisalhos sorrindo pra mim.Senti imenso alívio, havia algo de muito familiar naquele rosto que não sabia o quê exatamente.Estendeu-me a mão como para seguí-lo.Tornei a olhar aquele dito corpo no asfalto, e senti um aperto no peito e milhões de perguntas se formando instantâneamente em minha mente.Talvez, aquele senhor pudesse me dar as respostas que tanto precisava, então, seria melhor que o acompanhasse mesmo.Peguei em sua mão e no mesmo instante, senti uma imensa calma invadir minha alma.Era uma sensação tão boa que por um momento tudo foi sumindo e perdendo a importância, apenas aquele sentimento de paz existia.Percebi que estávamos saindo do chão, mas isso também perdera a importância.Já ao longe, ouvia timidamente o som das sirenes, e superficialmente imaginava a correria das pessoas, dos bombeiros, enfim, mas o fato é que a cada segundo definitivamente tudo ia ficando cada vez mais distante e sem sentido.
Agora, não queria mais pensar em nada, apenas desfrutar a delícia daquela paz, daquele momento... o resto ao menos por enquanto não mais importava.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"Lembranças"

Abri os olhos e vi o escuro.O zumbido de uma mosca chegando aos meus ouvidos.Dente cerrado, olhar estatalado, músculos dormentes.A escuridão como um manto me cobria.Onde estou?O que é isso?Estava presa numa caixa... seria num caixão?
A agonia se encerrava em meu peito, mas afinal o que é que estava acontecendo?
Foi, então, que de repente senti algo se mover em mim, fazia-me cócegas por todo o corpo.Mais um pouco... senti algo surgindo a toda velocidade de dentro de meu peito... um grito profundo ecoava por todo meu ser, ao perceber aqueles miseráveis e fétidos vermes avançarem sobre mim.Lançavam-me sobre meu corpo, despedaçavam-me aos pouquinhos.Por Deus, saíam de dentro de mim!O que faço agora?
Então, seguiram-se os minutos que mais pareciam horas, de um intenso clamor a Deus.Talvez, ele em sua infinita misericórdia voltasse seus olhos para mim naquele terrível momento.E eu que dizia nem acreditar em Deus, como é que agora podia clamar por ele?!Reconhecendo o tamanho de meu problema percebi que não havia outro jeito.
Quando tudo parecia perdido eis que ante aos meus olhos surgiu tão esplendorosa figura.A intensidade da luz que irradiava cegou-me por alguns instantes.Pensei: Deus?Mas notei que aquele ser possuía enormes asas, e sua face era de uma incrível beleza, cujos olhos eram os mais penetrantes que já havia visto na vida.Como era óbvio não demorei a perceber de que se tratava de um anjo.E afinal se ele estava ali era porque em algum lugar Deus realmente existia.

-Bem aventurada seja, pois Deus ouviu o teu clamor.Louvai-o para todo sempre porque desta perdição ele te salvou!

Fiquei inebriada com o êxtase daquela aparição.Continuava olhando-o quando, então, estendeu-me sua mão de luz.

-Venha que o céu te espera.

No mesmo instante pensei:
Mas como se estou encerrada aqui dentro...
Lendo meus pensamentos o anjo disse:

-Tenha fé, pois Deus já fez a sua parte.

Fechei os olhos e agradeci-o profundamente pela graça alcançada.Afinal, Deus verdadeiramente existia.Ao abrir os olhos novamente, eu já estava ao lado daquele anjo que me conduzia por entre as nuvens do céu... e como era belo o céu com seus jardins floridos... com o aroma fresco do campo... enfim, Deus existia!

Joiss Cannis

Um insight de 14.06.2002

É muito difícil admitir que não temos coragem de realizar nossos sonhos.Às vezes, ficamos sufocados criando mil e uma desculpas para adiar nosso compromisso consigo mesmos.Dizemos ser culpa disto ou daquilo, sem ter coragem para seguir em frente.
Não podemos dar o que não temos, de que adianta querer dar felicidade a alguém se nós mesmos não a possuímos.
Não é justo e não é fácil viver com a responsabilidade que carregamos nas costas em benefício de fazer outrem feliz.É como se sentir um peso na vida alheia e para reverter todo esse processo é preciso que cada um faça sua parte, é preciso que cada ser cumpra seu papel na vida, vivendo tudo o que tem de viver, buscando pela sua felicidade onde quer que ela esteja, assumindo responsabilidades perante suas próprias escolhas.
Só assim poderemos ser felizes.Precisamos renascer e junto com as dores do parto... a alegria, de estar começando uma nova vida, de estar nascendo outra vez.
O tempo.Só o tempo é capaz de resolver a vida.Passamos através dele, vivemos, deixamos nossas marcas, porém, ele sempre passa e não muito já não resta muitos de nós.As lições de cada tempo a seu tempo.E a cada tempo uma nova lição.Quando não a única que jamais envelhece, a única a permanecer na memória do tempo, ontem ou hoje: o amor.
Cujas batalhas são infindáveis, são sangrentas, ardentes, egoístas, cegas... mas sempre em busca do amor, errando e assumindo todos os nossos erros.
Acreditamos em Alá e na sua escrita, porém, muitas vezes duvidamos dos caminhos em que Ele nos coloca.Anos e anos transcorrem, os caminhos que tomamos são diversos, nos desencontramos e quando não numa esquina do caminho cruzam nossos olhares.E não há palavras, o amor se explica por si mesmo.
Quem não vive a espera desse olhar e quem não chora quando vê esse olhar ir embora, e quem não renasce quando retorna esse mesmo olhar.
Maktub.A vida é engraçada dá voltas e voltas e quando dum turbilhão de águas revoltas, curiosamente, tudo volta ao ponto onde tudo começou...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

"O êxtase de uma experiência - visitantes de fora"

Foi num dia de domingo.Uma sensação diferente se apossou de mim quando caminhava pela rua.Como se tivesse uma consciência diferente do mundo a minha volta( as luzes, os veículos, as construções) tomasse conta de mim.A rua escura, o brilho das luzes, davam-me uma visão estranha da vida nesse planeta.
"Sentia o futuro, com seus carros flutuantes, e naqueles momentos eu existia apenas como um observador de um mundo surreal.Não havia algo como eu - ego.Havia, sem dúvida, alguma coisa diferente no ar e eu não sei como conseguia captar facilmente.De repente, tudo perdera a importância, eu, as pessoas, parece que nada mais existia.
Eu estava indo à locadora e não havia ficado ninguém em casa.Na volta, senti claramente que havia mais alguém comigo.Olhei para os lados, para trás e não havia ninguém!Mas aquela presença estava lá.De repente, senti um desejo enorme de voar, de sair literalmente do chão.Conforme andava parecia que ia flutuar.
Chegando em casa, ainda não tinha ninguém, coloquei uma música zen e me deitei no chão da sala, para relaxar.Aí senti que o chacra do terceiro olho começava a vibrilar.Meu corpo enrijeceu-se.Depois de algum tempo senti minha mão direita mover-se vagarosamente e involuntariamente (como se alguém a estivesse levantando). À princípio meu coração disparou, algo estava acontecendo, e eu de olhos fechados não sabia ao certo o que era.Sabia que tinha que manter a calma e confiar sem medo.A entrega era um passo fundamental.
Agora sentia a presença de mais pessoas e de repente ouvi um barulho na cozinha, como se alguém tivesse chegado.E nesse momento senti uma presença mais forte ainda do que antes, alguém havia chegado!
Pensei que, talvez, fosse minha mãe, alguém de casa mesmo.Quase abri os olhos diante desses pensamentos, se tivesse realmente chegado alguém eu teria de parar com aquilo.Ou pior e se fosse um ladrão entrando pelos fundos?
Bem, o fato é que me mantive na fé, esperei pra ver se alguém falava alguma coisa, ninguém falou nada, havia silêncio na casa, então, continuei ali imóvel, esperando pra ver o que acontecia.
Persisiti na fé e na coragem, comecei a ter sensações, que não sei direito como descrevê-las.Percorria-me dos pés a cabeça, e nesse momento eu já não sentia mais as partes do meu corpo.Entrei numa espécie de êxtase, como se eu tivesse me transformado numa única célula de mim mesma!Estava num corpo mais sutil e invisível, assim como num holograma de mim mesma.Fiquei algum tempo nesse estado, não sei quanto aí aos poucos fui saindo do transe.
À medida que fui voltando ao normal, o ambiente também foi, as presenças já não estavam mais lá.Foi a conta exata, pois logo após acabar essa experiência o pessoal de casa começou a chegar.

Bem, esse foi um relato verídico de uma experiência muito pessoal.Talvez, ela possa oferecer algo aos companheiros de aprendizagem.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Para refletir: "A morte"

Muitas são as questões que intrigam os homens, mas existe uma que se sobrepõe a qualquer outra: a morte.
Na verdade é a nossa mente que causa o medo, é ela quem cria esse relação medo-dor.A morte é capaz de provocar dores terríveis na alma, ela traz inconformidade, desesperança, angústia, enfim, todo tipo de sentimentos amargos.
Afinal, a pergunta que não quer calar: -Para onde vamos?ou melhor vamos pra algum lugar?
Geralmente questões como essa só são levantadas quando um belo dia algo acontece com pessoas próximas a nós.É aí que nossa ficha cai e nos lembramos que de um jeito ou de outro estamos temporariamente nesse planeta.
Pensem, daqui a 100 anos ninguém que você conhece vai existir!Todos nós sem exceção já teremos partido daqui, e isto é um fato irreversível, é uma realidade!
Devia estar no currículo escolar essa matéria que se chama espiritualidade - sem vínculos religiosos.Cada um de nós pode e deve aprimorar nosso ser espiritual.Se quisermos podemos ir muito mais longe do que já fomos um dia.Se aprendêssemos desde cedo, evitar-se-íamos muitos transtornos e dores ao redor da morte.
Dizem os mais céticos: -Mas ninguém voltou de lá pra falar a verdade.
Ora, não é bem assim.Eles querem dizer não voltaram pra eles, mas tá aí pra todo mundo ver o trabalho de nosso querido Chico Xavier.
Bem, para todos aqueles que ainda tem sua cota de dúvidas, arregace as mangas e vá a luta atrás de suas próprias respostas.As grandes verdades não estão mais dentro de seitas ou grupos esotéricos, estão muito mais perto do que as pessoas pensam.Nosso mundo não é apenas físico e muita coisa acontece segundo as ordens de cima.Muito conhecimento está sendo destinado à humanidade nesse momento.Então, basta querer e ter força de vontade que tudo lhe chegará na hora mais oportuna.Deus sabe exatamente o que cada um de nós precisa, e se persisitir no caminho de sua busca espiritual, ele com certeza não vai lhe deixar na mão.Existem muitas ferramentas que ele pode usar para lhe mostrar a verdade, como por exemplo, essa grande ciência que se chama viagem astral.Onde podemos deixar nosso corpo denso na matéria, para alçar voos mais altos na atmosfera espiritual.
Isto é apenas a ponta do iceberg, existe infinitas coisas acontecendo por de trás de nossas vidas rotineiras na Terra.O plano de Deus vai muito além de que supõe nossa vã filosofia, como já dizia o poeta.

Joiss Cannis

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

"A mulher e o deserto" Parte 2

"A mulher, o homem e o deserto"

E certa vez tivera um sonho.Era um sonho de despedida.Seu homem alí puro e somente lhe sorrindo com os olhos ainda mais brilhantes.Levantei-me de minha tenda e caminhei em sua direção.Ergui a mão em sinal de adeus.
Estava feliz por vê-lo novamente, mas como mulher sensível que era, entendia aquilo que seu sexto sentido lhe dizia.Aquele era o dia mais temido, o dia do adeus, sabia do fundo do coração que não o veria novamente.Notou que ele estava banhado em luz, uma luz diferente, uma luz forte, mas que não brilhava da maneira como a percebíamos em nosso mundo.
Atônita com aquela visão, estava se esquecendo de lhe dizer a coisa mais importante do mundo: -Eu amo você, não importa onde esteja.Havia mais uma coisa a ser dita, mas após levar sua mão à barriga, já não era preciso mais palavras.Ele acenou entendendo a mensagem.
E neste momento, magicamente, ele soprou sobre ela algo que estava em suas mãos parecia-se com uma areia muito fina extremamente brilhante.Quando olhou para cima viu uma linda chuva de brilhantes cair sobre ela e consequentemente sobre o filho que ainda estava por vir.Eram as bênçãos que ele mandava sobre os dois.
Fechou os olhos por um instante, e sentiu um leve arrepio, depois sentiu um leve toque em seus lábios.Era um beijo de despedida.Quando abriu os olhos, o viu caminhando em direção ao deserto novamente, mas agora ela sabia era um outro tipo de deserto, o qual o levaria para sempre a outras paragens.
Naquele dia prometera que seu coração lhe seria fiel para sempre, até que um dia pudesse o encontrar de novo.Era uma promessa.Foi assim que à partir de então passara a sonhar todas as noites com o dia do reencontro, que de certo já estava escrito no livro da vida.E assim a noite se tornou o momento mais esperado do dia, era em suas viagens noturnas que podiam ficar juntos em carne e alma.Assim ficava mais fácil suportar a dor da saudade, a dor de não poderem se amar no mundo físico.Isso já era uma grande coisa.
Instintivamente tocara sua barriga, alí estava um grande tesouro, o maior de todos eles: seu filho! Carregar no ventre o filho do homem que tanto amou, era... não havia palavras para expressar o tamanho desse sentimento de amor.
De agora em diante seu filho seria a grande razão de sua vida!E quando já adormecia, naquela velha tenda, chegou a ouvir:
-Lute mulher!
E por fim apenas o silêncio do deserto, que a estas horas também já dormia.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

"Um conto da vida moderna"

Era uma fria manhã em Londres.A estas horas a chuva caía, escorria vidraça a baixo.Ainda não acreditava no que estava acontecendo, parecia um sonho.
Olhou pra trás e viu Robert esparramado na cama dormindo o sono mais gostoso do mundo.Tudo era perfeito demais pra ser verdade.Eu alí rente a janela observando as chaminés fumegantes, enquanto pessoas timidamente tentavam espantar o frio da manhã, afinal mais um dia começava.
Essa sem dúvida fora a noite mais mágica de sua vida, jamais poderia imaginar...
Robert e ela tinham vivido uma história de amor no passado.Haviam sido muito apaixonados, mas por algum motivo a vida os havia separados.Agora depois de longos 15 anos estavam alí, juntos novamente, recomeçando exatamente de onde haviam parado.
De certo que ele havia mudado bastante, agora havia uma suave barba contornando seu rosto, e uma pro-eminente calvície se aproximava.Estava mais maduro, e seus olhos brilhavam de um modo diferente.Mas por mais que as coisas houvessem de certa forma mudado, o mais importante ainda havia permanecido: o amor que sentíamos um pelo outro!
Engraçado como, às vezes, não podemos deter o rio da vida.
Estávamos alí juntos por causa de uma incrível coincidência, mal podia acreditar.De certo que coincidências não existem, elas são pré-formadas à partir de nosso próprio pensamento.Mas consideremos a tal coincidência.
Estava passeando no parque com Luck, meu cachorro de estimação.Era comum ir ao parque todas as tardes após o trabalho.
Sentei no banco pra descansar quando alguém se aproximou e se sentou ao lado.Eu estava tão distante, absorta em meus pensamentos que nem olhei para ver a pessoa.Quando de repente ouvi um simples: oi!
Num segundo o coração disparou, não podia ser, aquela voz era tão familiar!
Olhei pro lado e vi aquele sorriso maroto.Devolvi-lhe o oi.Ele nada disse.Continuei;
-O que está fazendo por aqui?
-Estou numa viagem de negócios.Resolvi passear no parque para aliviar o stress.
-Puxa, que coincidência!Faz tanto tempo que não nos vemos.
-É faz mesmo.
Ele ficou pensativo.
-Costuma vir sempre aqui?
-Sim, moro aqui perto.E você onde está morando?
-Ainda em São Francisco.
-Está bem longe de casa, então.
-Jamais podia imaginar em te encontrar aqui.Foi realmente uma grande surpresa.
-Imagina pra mim!E como está São Francisco?
-Como sempre esteve, amo aquele lugar.Aliás, como veio parar do outro lado do mundo?
Seus olhos brilhavam de tanta curiosidade.
Pensei por uns instantes no dia em que tomara tal decisão.Aquele dia estava distante na memória do tempo, mas ainda se lembrava.
Era melhor concentrar-se no que iria dizer, não queria estragar aquele momento.
-Tinha planos para minha vida, você sabe eu queria estudar.Pois, então, aqui estou.
Intimamente ela lutava com aquela resposta, pois gostaria mesmo de ter dito que a culpa era dele, afinal que diferença estudar nos Estados Unidos ou em Londres ou no Japão?
Me contive era tarde para ficar questionando o passado.
-Você sempre foi muito determinada sabia o que queria da vida.
-É... você também - respondi em tom nostálgico.
Ele ficou pensativo.
Mentalmente reviu os episódios que envolviam Lissa no passado.Foram felizes, muito felizes naquela primavera.Depois de alguns meses de amor calmo e pacífico, tudo tornou-se turbulento demais, as coisas começaram a dar errado.
-E, então, trabalha em quê aqui em Londres?
-Trabalho com relações exteriores, exportações.
-Interessante, mas confesso que eu sempre achei que você tinha cara de veterinária!
-Eu, cuidando de cachorros?Nem pensar... mil vezes não!
-Você seria linda de qualquer jeito.
-Agora você me deixou sem graça.
-Desculpe não foi minha intenção.
-Até quando fica em Londres?
-Até amanhã à noite, vou partir de manhã bem cedo.
-Está num hotel?
-Num flat, até que é bem confortável.Fica a 4 quadras daqui.Mora sozinha?
-Atualmente sim.Meu namorado partiu a 2 meses para a Rússia, foi a trabalho, mas vai ficar morando por lá.
-Que interessante, falou ironicamente, como alguém podia a abandonar assim desse jeito?
-Você fala como se estivesse preocupado comigo!
Ele ficou mudo novamente.
-Só não acho uma coisa normal.
-Bem, sempre nos gostamos, mas...
-Não eram suficientemente apaixonados, é isso?
-Mais ou menos isso.
-Puxa, isso quer dizer que ainda tenho uma chance! falou alto e rindo prazerosamente lhe tirando uma.
-Não ria da infelicidade alheia!


-Tudo bem, mas foi ótimo ver sua cara de desapontamento. O cachorro já estava ficando impaciente. -Preciso ir está na minha hora. -Podemos nos ver mais tarde? -Claro que podemos. -Tem um café ótimo na quinta avenida. -Pra dizer estava com vontade de ficar em casa mesmo, preciso rever alguns contratos, se não se importa. -Claro que não, você que manda. -Se quiser pode vir jantar comigo. -E por acaso você sabe cozinhar? Sorriu novamente.Desculpe, sabe que fico de ótimo humor quando estou perto de você. -Desculpas aceita.Então, tá vou preparar uma massa ao sugo. -Pode deixar que levo o vinho. -Quanta gentileza de sua parte. -Combinado. Anotei o endereço, era bem próximo dali não seria difícil de achar. Um beijo no rosto e as lembranças daquele perfume.Tem hora que a vida realmente nos pega de surpresa.Voltei ao flat com os pensamentos a mil por hora.Precisava manter os sentimentos sob controle, além do que ela alegara que ainda gostava do tal rapaz. De frente ao espelho no banheiro, sorria feito criança repetindo para si mesmo que aquele era apenas um encontro de velhos e bons amigos, nada mais. Voltara pra casa, estava confusa.Depois de meses numa rotina incansável, inesperadamente aquele encontro com Robert.Nunca imaginara encontrá-lo em Londres! Ele estava mais bonito, mais homem, com ar de quem estava mais experiente na vida, mas contudo não perdera o hábito de suas brincadeirinhas sem graça.Esse era o Robert de sempre. E se Danny voltasse justo agora? Apesar de termos terminado oficialmente, ainda tínhamos um caso, era um relacionamento aberto, onde duas pessoas altamente civilizadas conseguiam manter em pleno controle essa situação.Bom, o melhor mesmo era não pensar nisso, precisava concentrar-se no jantar. Abriu a despensa e retirou tudo o que precisava, ainda bem que não ia precisar ir ao supermercado, assim daria tempo pra dar uma ajeitada na casa. Já eram quase 7 da noite.Acendeu a lareira, borrifou um pouquinho de essência pela sala, feita por uma amiga para purificar o ambiente, e claro deixá-lo com um cheirinho suave e agradável. Pensou alto: -Até parece que este é um encontro amoroso! A estas horas, por mais que não quisesse seus sentimentos estavam confusos.Era uma mulher inteligente, rápida no raciocínio, mas estava atônita com os últimos acontecimentos. Estava feliz e ao mesmo tempo com medo.Sempre fora uma mulher segura de si, não queria a esta altura do campeonato perder o controle da situação. Represara durante muito tempo o amor que sentia por Robert e agora temia que por esse meio fio, por onde escorriam essas pequenas gotas de lembranças, arrebentassem toda aquela fortaleza construída durante anos. Era tarde, não podia pensar mais nisso, precisava ir em frente, a vida a colocara nessa situação, e sabia não tinha como voltar atrás, ou evitar essa aproximação.Precisava encarar tudo de frente, de uma vez por todas.Precisavam colocar todos os pingos nos iiss, por tudo em pratos limpos, como se dizia. Terminada aquela infindável conversa consigo mesmo, foi tomar um banho relaxante com seus melhores sais.Colocou sua música favorita, despiu-se e deixou-se embriagar pela água quentinha da banheira e pelos sentimentos que explodiam dentro do peito. O que será que estaria pensando Robert, foi seu último pensamento, antes de cair numa leve meditação. Estava vestido de maneira elegante, e coincidentemente usava o perfume que Lissa mais gostava.Parecia que tinha voltado no tempo, se sentia como um adolescente. Apesar de todas as mudanças que o tempo pode nos causar, é interessante notar que mesmo depois de muito tempo ainda carregamos a pessoa que fomos outrora.Apesar de todos aqueles anos era assim que se sentia nesse exato momento, como a 15 anos atrás. Naquela tarde o tempo havia parado, o mundo perdera a importância, tudo pelo simples fato de estar alí sentado conversando com aquela que fora a pessoa mais importante de sua vida no passado.Sorria enquanto caminhava, aquilo tudo parecia ter saído de uma história de novela. Estava a caminho do vinho, quando passou e viu as flores preferidas de Lissa, ainda se lembrava disso.Não resistiu acabou comprando, ela ficaria surpresa.E afinal, essa fora a maior coincidência de todos os tempos e deviam comemorar no melhor estilo.Pegou as flores e seguiu rumo ao endereço que estava escrito no papel. Era uma construção antiga de dois andares.As janelas eram amplas e viam-se cortinas brancas, era o apartamento dela.Logo na entrada havia um corrimão de ferro todo trabalhado.Subi os poucos degraus, abri a porta de vidro e entrei.O apartamento era o de número 1o2 e ficava já no primeiro lance de escadas. Estranhamente calma, era assim que se sentia.Preparou a refeição como um verdadeiro chef.Espero que ele goste, pensou.Já estava quase na hora dele chegar e precisava se ajeitar melhor, passar um perfume, essas coisas. O apartamento estava em ordem, a mesa posta para dois e ao fundo uma suave música para completar.Perfeito. A campainha soou.O coração disparou, a calma foi embora numa velocidade espantosa, estava nervosa.Tentava disfarçar quando abriu a porta. -Parece que viu fantasma! Ia tentar se explicar, mas ele foi irritantemente mais rápido. -Nossa, não sabia que minha presença causava tanto impacto! -Olha que coloco pimenta na sua comida!Tentou se defender. -Pimenta? Mas eu adoro pimenta! Como nos velhos tempos, ele não perdia uma. -Trouxe para você.Achei que ia gostar.Disse lhe entregando as flores. -Nossa você me surpreendeu, você ainda se lembra das flores que gosto!Quanta gentileza.Entre.


Ao entrar passou os olhos pelo apartamento era amplo, bem decorado, confortável.As paredes em tons de bege e branco criavam um clima agradável, tinha de reconhecer ela tinha muito bom gosto.Na parede havia um belo quadro de um homem e uma mulher entrelaçados se olhando profundamente nos olhos. -Lindo quadro, ganhou de alguém? -Não, na verdade pedi a um amigo para pintá-lo. -E pediu exatamente assim? -Pedi para que pintasse o retrato de duas pessoas que se amassem. -Me parece que você devia estar realmente apaixonada... sorriu. -Talvez... respondeu efusivamente. Precisava desconversar não queria entrar em certos detalhes. -Venha, acho que a massa já está no ponto. Foram pra cozinha. -Deve estar muito bom, ao menos o cheiro está bem convidativo. -Garanto que vai se surpreender com meus dotes culinários! -Se preocupa não que qualquer coisa ligo pra pedir uma pizza. -Ora, será que não pode parar de me alfinetar! -Ok, vou te dar um voto de confiança, afinal está com uma cara ótima esse jantar. Lissa colocou o vinho na geleira. -Belo vinho, Robert. -Foi um achado, é de uma safra rara. A mesa estava posta de maneira simples, mas impecável. Observando-a com mais calma, ela estava incrivelmente encantadora.Cabelos chanel, lisos, rente ao pescoço, olhos expressivos.Fazendo as contas ela parecia bem mais jovem do que sua real idade.Ela soubera se cuidar durante todos esses anos.Se tornara uma linda mulher.Por um instante pensou que se não tivessem rompido no passado, talvez, poderiam estar casados hoje. -Deixa que lhe sirvo senhorita. -Nossa mais você realmente se transformou num gentleman! -Você está linda. -Você também nobre galanteador! -Então, o que me conta sobre seus planos, pretende ficar em Londres? -Acho que sim, a situação é propícia para que eu fique uns 2 anos ainda. -Minha empresa tem sede em São Francisco, mas muitas vezes tenho de viajar para outros países. -Muito interessante essa sua profissão, nada mal conhecer o mundo trabalhando. -Reconheço que tive muita sorte na vida. -Realmente poucas pessoas no mundo tem esse privilégio.Você tem mesmo de partir amanhã? -Sim, tenho de me encontrar com um pessoal de Nova York. Ao ouvir a resposta ficara um tanto desapontada, mas não deixou transparecer para Robert. -Então, me diga você se casou, teve filhos? -Sim, me casei com a Tifanny. Robert se lembrou de que não estava usando aliança. -Você deve ter percebido que não estou usando aliança. -O que houve com ela? -Vai parecer clichê, mas a perdi assim que saí de São Francisco. -Acho que você vai ter problemas assim que chegar em casa. -Creio que não, ela não é do tipo que faz tempestade em copo d'água. -Ela deve ser uma mulher e tanto... disse baixando os olhos levemente. -Imagina se ela souber que você está aqui jantando comigo. -É... nesse caso eu concordo que ela iria ficar furiosa.Falou sorrindo sem muito se importar com essa constatação. -Você é uma velha e querida amiga, meu casamento é uma outra história. Ao ouvir isso, Lissa sureendeu-se pensando que esse fosse um encontro breve e passageiro, e que depois disso ele voltaria para sua vida normal com Tifanny.Ficou pensativa por uns instantes. -O que foi?Ficou triste assim de repente. -Sua esposa é uma mulher de sorte - falou com certo pesar. -Onde se conheceram? -Nos conhecemos num baile de carnaval. -Nossa vocês deviam mesmo estar pré-destinados um ao outro. -Acho que sim. -Teve filhos? -Ainda não, futuramente quem sabe, sou louco por crianças. -E você não pensa em constituir uma família? -Quem sabe algum dia Robert.Mas você sabe que sempre tive grandes ideais, queria consolidar uma carreira, ser independente... você sabe. -É isso sempre foi o que você quis - falou pensativo. Quando eram jovens ambos tinham grandes planos na vida, e sabiam que mais cedo ou mais tarde iam acabar se separando.E foi o que aconteceu alguns anos depois.Começamos a nos envolver com nossos projetos pessoais, passamos a conhecer pessoas novas e cada vez mais fomos nos distanciando.De repente, não íamos mais à festas incomum, não tínhamos amigos incomum, e o pior nossos assuntos eram completamente diferentes um do outro.Estávamos tomados pelos anseios da juventude, apesar de no fundo ainda nos gostarmos. Aí, então, começaram as intermináveis brigas, e um dos motivos era o ciúme um do outro.Eram amigos dela que ele não gostava, eram mulheres bonitas e sensuais que frenquentavam o rol de amigos dele.Era um querendo se defender do outro.E para ajudar os amigos, ou falsos amigos, colocavam mais lenha na fogueira entre os dois. Quando se é muito jovem ficamos vulnerável ao que nossos amigos pensam e acham a respeito das coisas e acabamos nos deixando influenciar pela situação.Talvez, se não tivesse se deixado levar por tantas bobagens, talvez, estivessem juntos até hoje.Como fui tolo pensou. Nesse meio fio entre uma conversa e outra, Lissa também pensava a respeito do passado. Éramos tão crianças naquele tempo, cada qual querendo viver a vida intensamente.Fora realmente uma pena as coisas não terem dado certo pra gente.Hoje ambos estavam realizados e mais maduros na vida.Tentava entender por que justo agora a vida os colocava novamente frente a frente.Talvez, porque tivesse que ser assim.Deus escrevia certo por linhas tortas.Agora estavam fortalecidos, estavam prontos.Meu Deus! O que é que estou pensando!Robert estava casado, e isto era um fato irremediável.Vai ver a vida estava nos testando, mas não entendia onde ela prentendia chegar com isso. -Está muito bom o jantar, Lissa você me surpreendeu. -Ora, nunca subestime a capacidade de alguém ouviu. -Pode deixar que aprendi a lição. Ela tomou um gole de vinho e ele suavemente acompanhou o gesto com os olhos.Seus lábios continuavam os mesmos. Sentindo-se incomodada pelo olhar intenso dele, ficou sem jeito. -Robert, me conta mais sobre você. -O que deseja saber senhorita?Posso dizer que sou um cara feliz de bem com a vida, tenho uma esposa adorável, sou realizado profissionalmente, enfim, tenho uma vida feliz, acho que é tudo. -Apesar de você também ter conseguido tudo o que queria na vida, parece que ainda lhe falta alguma coisa. Lissa respondia: -Falta só o homem da minha vida!Mas guardava isto para si. -É pode ser... Apesar de tanto tempo, ele parecia conhecê-la muito bem. Terminaram o jantar, e ele a ajudou retirar os pratos.Enquanto lavava a louça, ele fora até a sala.Estava olhando sua coleção de cd's e dvd's.Passava a mão por eles quando seus olhos se fixaram num cd que continha a música deles.Questionou a si mesmo por que ela ainda tinha nossa música.De repente, passou em sua mente que, talvez, ela ainda não o tivesse esquecido!Será?! Não resistindo, colocou-a e quando se virou Lissa já estava entrando na sala.


Ficou supresa ao ver que Robert colocara a nossa música pra tocar.Assim que entrou na sala ele estendeu a mão para que fosse dançar com ele. -Venha, vamos dançar um pouco! Sem pensar em nada entregou-se ao prazer daquela dança.Robert enlaçara sua cintura e a trouxera mais para junto de si.Uma incrível sensação de bem-estar percorreu-a, era como flutuar no ar sem ter medo de cair.Estava entregue, em paz e feliz, setindo-se a mulher mais segura do mundo.Estar com Robert era tudo o que mais desejara na vida, e agora como por encanto ele apareceu assim de repente, e estava alí na sala de minha casa dançando comigo! Talvez, o mesmo se passasse com ele. Aquela música, aquele homem, tudo era perfeito demais pra ser verdade, mas era!Na verdade estava vivendo um conto de fadas!As emoções começavam a dar sinal de alerta. Lissa interrompeu a dança. -Venha vamos nos sentar um pouco. O sofá todo branco era grande e confortável e ficava do lado oposta à janela.No outro canto da sala ficava uma mesa com o computador no qual ela devia trabalhar.E para completar o ambiente um belíssimo tapete bege com dois dedos de espessura dava o toque final. Lissa fora buscar a sobremesa, enquanto ele acomodava-se no poltrona em frente ao sofá. Como curioso que era resolveu abrir, indiscretamente, a porta da estante.Haviam livros e revistas e um pequeno álbum de fotos amarelo.Olhou pra cozinha e ela ainda estava lá, não resistiu folheou o álbum rapidamente, pois apesar de serem amigos era muita falta de educação o que estava fazendo.Guardou rapidamente no mesmo lugar, e ainda perplexo com o que vira deixou-se cair sobre o sofá.Eram fotos nossas!O que significava que ela depois de todos esses anos ainda não o havia esquecido. Desde que nos separamos naquela terrível adolescência, tivera muitas mulheres e claro, Lissa era a mais doce de todas.Ela sempre tivera um lugar especial em seu coração.Lá de vez enquando, costumava se lembrar dela, mas aos poucos fora construindo uma nova vida e Lissa foi se tornando uma lembrança cada vez mais distante, porém, não menos importante. Aí anos mais tarde conheceu Tifanny, se apaixonara perdidamente por ela.Era linda, cabelos loiros esvoaçantes, corpo esguio, enfim, um sonho de mulher, além do quê era adorável, meiga, e a mulher perfeita para futura mãe dos seus filhos.Casaram-se, eram felizes.Mas agora de repente, as coisas estavam ficando cada vez mais confusas.Lissa reaparecera em sua vida assim sem mais nem menos, e estava mexendo com seu coração de novo.E para completar acabara descobrindo sem querer que ela ainda o amava. Lissa voltou trazendo na bandeja, taças e talheres.Colocou tudo em cima da mesa de canto.Sentiu que tinha alguma coisa "estranha" no ar.Robert a estava olhando de uma maneira diferente, sem nada dizer. Lissa se transformara numa bela mulher, seu jeito simples de se vestir denunciava uma sensualidade natural.Estava usando calça jeans e uma regata branca, que suavemente delineava o contorno dos seios.Inesperadamente Robert se dera conta de que estava desejando aquela mulher, mais que qualquer coisa.Talvez, as lembranças do passado estivessem lhe falando mais alto, sem lhe dar qualquer chance de reação.Era como se estivesse embriagado, fora de si. Lissa virou-se de costas para servir o doce, e ao mesmo tempo porque não sabia como reagir ao olhar intenso de Robert.Não sabia ao certo o que estava acontencendo.Entregou a taça pra ele. O silêncio se tornara quase palpável.Disfarçadamente o olhava comer.Queria poder ler sua mente, para saber o que de fato estava se passando por ela.Talvez, fosse melhor perguntar, mas no fundo sabia que não era preciso, toda mulher tem lá sua cota de intuição, e seu coração já lhe havia dado o alarme. A maneira como Lissa levava a colher à boca... O fez imaginar como seria tocar aqueles lábios novamente.No mesmo instante viu-se beijando-a em seus pensamentos. Então, Robert levantou-se e foi em direção à ela para apanhar a taça.Lissa dava a última colherada enquanto Robert esperava.Olhando um nos olhos do outro, era possível ouvir a voz interior que ecoava dentro de ambos implorando para que logo caíssem um nos braços do outro.Maliciosamente Lissa deslizara bem devagar a colher pela boca e no mesmo instante sentiu um intenso desejo de beijá-lo também. Robert sentia a respiração dela tornar-se mais ofegante, e percebeu quando um pequeno tremor percorreu-lhe o corpo.Ele sabia, ela também estava tomada de desejo.Lentamente retirei a taça das mãos delas e segurei o seu rosto entre as mãos, até que finalmente ambos se entregaram àquele beijo ardente e apaixonado, ainda adocicado pelo gosto da sobremesa. -Robert! E e aí ele a beijou como se nunca a tivesse beijado antes. Como dizia naquele poema: "Na chama ardente, no fogo que consente, o amor devora - Joiss Cannis" Estavam entregues, nada mais importava.Ele sabia!Ela ainda o amava, tanto quanto ele!Apesar de também amar sua esposa, era por Lissa que seu coração batia mais forte. Agora não adiantava mais tentar manter as aparências, não podiam mais fugir um do outro. O desejo reprimido por todos aqueles anos e agora estavam alí justamente para colocá-lo em dia.Precisavam desesperadamente se amar, o corpo pedia, a alma pedia e a vida concordava. Robert segurou seu rosto novamente e a viu possuída pelo mesmo desejo de fazer amor. Dessa vez pegou-a firme, atirando-a para o tapete.Observou-a deitada no chão, imóvel, como a contemplar aquele ato inesperado da parte dele.Por um momento ele se questionou a respeito do que estava fazendo, mas como ela nada disse, viu que também estava gostando.A saliência embaixo da blusa denunciava o prazer intenso que ela também sentia. A estas alturas a música já havia sumido, o mundo definitivamente, tinha parado.Lançou-se sobre ela ainda mais excitado, pressionando seu corpo quente sobre o dela.Ela gemia, inebriada por tanto prazer.Violentamente ele puxava seus cabelos, beijando seu pescoço, depois sua nuca, suas costas.Quando pensava que estava totalmente no controle da situação, surpreendeu-se quando Lissa dera um salto e subira em cima dele numa fração de segundo, assim como fazem os gatos.Já sem a blusa ele agora tocava seus seios, enquanto ela parecia cavalgar sobre ele.Tirou sua camisa, e enquanto se beijavam ardentemente não resistiu e abriu o zíper de sua calça... Aí foi ele quem gemeu, não esperava que ela tomasse a frente assim desse jeito.Era uma mulher surpreendente que sabia o que queria e ia direto ao ponto.Beijava-lhe os seios quando ela o tocou por dentro da calça. Era um amor, que subentendia uma paixão ardente.Entre carinhos suaves a ferocidade de um desejo que queimava e explodia por dentro.Jogavam-se contra o sofá, contra a parede até.Não havia limites entre aquelas quatro paredes, tudo era permitido enquanto estivessem naquele espaço-sem-tempo e nem-lugar. A certa altura já não podiam mais suportar o tesão que sentiam um pelo outro, nesse momento eles se despiram completamente e se tocaram ainda com mais vontade. E, então, nesse momento mágico com os lábios grudados um no outro, penetrou-a profundamente.Haviam chegado ao momento máximo daquela loucura, sim porque o amor é uma loucura sã. -Eu amo você, Lissa! -Esperei tanto por esse momento. -Agora estou aqui, meu amor. -Por que demorou tanto?! - brincou segundos antes do grand finale. De repente, tudo se apagou e ambos gozaram o imenso prazer daquele momento. Era alegria de estarem ali juntos se amando sem medo, sem vergonha, sem compromisso.Estavam plenos, satisfeitos e felizes como nunca. E foi assim que adormeceram ali mesmo no chão da sala, nus completos e realizados. Algum tempo depois foram para o quarto e dormiram feito anjos.Ao menos naquele momento eram anjos, puros e inocentes que tiveram a coragem de viver o amor intensamente. Pois como se dizia não era possível conhecer o amor de Deus, sem antes conhecer o amor dos homens. "E o universo conspirava a favor do amor e daqueles que se amavam, simplesmente porque essa era a força que justificava mares e mundos... e isso desde que o mundo é mundo".


O relógio despertou eram 8:00 da manhã.Abri os olhos e vi os primeiros raios de sol invadirem o quarto através da cortina semi-aberta. Estava de bem com a vida, tivera uma noite ótima, aquele sonho... Sonhou como nunca havia sonhado antes, fora tudo tão real, o reencontro com Robert no parque, a noite de amor que passara com ele.Foi tudo tão incrível.Sentia-se como uma princesa num verdadeiro conto de fadas. Talvez, fosse coisa do seu inconsciente, ou talvez, esse encontro realmente tivesse acontecido em algum lugar do tempo e do espaço.Mas isso não importava, o fato era que estava feliz, contente e cheia de energia, e disposição para continuar na luta de todo dia. Fora tomar banho e enquanto a água corria sobre si, lavava junto seus pensamentos. Havia um enorme oceano entre ela e Robert.Esse era um amor impossível, uma história um tanto improvável de acontecer, que estava mais pra conto do quê pra vida real. "Eis um verdadeiro conto da vida moderna"

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Diário by Joiss Cannis

Data: 01 de fevereiro

Tenho algo muito importante a dizer aos quatro ventos.Estou vivendo um momento mágico em minha vida, no qual será verdadeiro marco na transição de minha atual existência.
O ontem, as lições amargas, deixo tudo para trás.As paisagens mais embriagantes ficarão para sempre guardadas no museu eterno de minhas lembranças.
Sou uma nova pessoa à partir de então, sou e estou feliz, sabem os deuses todos os meus motivos, mas o importante mesmo é que nesse momento tomo posse de mim mesma, daquilo que é meu de direito: meus sonhos.Essa é a razão para o qual viverei de agora em diante, farei valer todos os dias.
Quando se cruza a ponte para a vida do outro lado, não tem mais volta.Precisamos seguir em frente sem olhar pra trás.É preciso olhar sempre o largo horizonte a frente, cheio de novas perspectivas, de novas esperanças, de novos amores.
É assim que a vida se renova, quando o velho da lugar ao novo.Afinal, a vida tem que ter um sentido, sem isso nada vale a pena, nem conhecimento, nem dinheiro, nem nada.
Agradeço imensamente a ajuda dos deuses que me ajudaram chegar exatamente onde precisava chegar!E desse ponto parto, com a alma lavada, com o coração aliviado, pronta para começar tudo de novo, pronta para essa aventura que é viver.
Vivendo cada dia intensamente como se fosse o último, porque de repente até pode ser mesmo.
Mas na certeza de que cumpri com minha parte, fiz o que tinha de ser feito, agora eu sou eu.
Que os novos ventos que sopram me levem para o lugar que é meu de direito, que é o meu verdadeiro destino.

"Que a paz esteja com todos"

Joiss Cannis

sábado, 31 de janeiro de 2009

Tratado sobre a Consciência I

A consciência é um grande mistério que se estimulada, pode abrir as portas para um novo horizonte, pode nos levar para caminhos nunca imaginados, enfim, ela ainda consiste num grande tesouro a ser desvendado.
Bem, vamos analisar apenas uma pequena parte desse imenso potencial.

Percebe-se que um pouco antes de dormir, existe uma fenda na consciência que nos dá acesso a um certo poder, digamos assim.Nesse momento, literalmente, podemos nadar em nossa tela mental, que por sua vez encontra-se viva movendo-se rapidamente diante de nossos olhos, produzindo aquilo que imaginamos instâneamente, criando um universo inteiramente particular.

Nesse estado semi-acordado podemos ver coisas e interagir com nelas, podemos penetrar nas cenas o qual vão surgindo magicamente em nossas mentes.Seria como num sonho, só que aqui nos encontramos muito próximos da vigília - o estado de alerta enquanto acordados.
Diante dos fatos, percebe-se que nesse momento quem atua é o nosso corpo mental, que tem livre acesso à nossas criações mais absortas, aos nossos devaneios pré-sonhos.

Na verdade nos encontramos entre a vigília e o sono.
Se percebemos estes momentos, o que é muito difícil de ocorrer, visto que para cair em sono profundo basta um piscar de olhos, adquirimos um certo poder, como já disse.
Damos vida a coisas, situações, pessoas, só que vale lembrar que a partir da coisa criada perdemos o poder sobre o desenrolar dos fatos, criamos um mundo particular, mas esse responde a uma outra espécie de lei, criando automaticamente uma vida própria em relação a nós.

Bem, a consciência não dura muito nesse período, creio que seria necessário um pouco mais de treinamento de minha parte.Mas esse já é o início de alguma coisa.

Joiss Cannis

"Dissertando sobre a beleza"

Nessa busca desenfreada pela beleza na juventude, há no porvir da vida a descoberta de uma outra beleza inexorável ao ser.
Quando o tempo passar, apenas o espírito sobreviverá.Não mais existirá aquela luta extremada pela beleza física, o tempo deixará marcas irreversíveis.Apenas o ser resistirá!
E nesse momento o mais importante será aquilo que você faz, quem você for profissionalmente falando é o que irá prevalecer na maturidade da vida.
Os exemplos estão à nossa volta.São artistas, atores e cantores, enfim, todos apresentam suas cotas de barriga, de calvice, de rugas, enfim pode-se notar vários contratempos, que também são pertinentes à todos nós algum dia.O grande segredo dessas pessoas é que elas possuem uma profissão, que mostram a cara delas exatamente como são, só que subentendido numa personalidade carismática, agradável.

"A profissão, a carreira que uma pessoa desenvolve ao longo da vida é simplesmente:
O que torna melhores os nossos dias"

Projeção astral - o corpo astral

Para os iniciantes vale lembrar que uma das primeiras coisas que nos chamam a atenção assim que estamos fora do corpo, é nosso próprio corpo.À princípio pensamos que estamos no físico visto que o corpo astral é uma cópia idêntica de nosso corpo físico.Somos iguaizinhos!Mas também neste momento somos regidos por leis bem diferentes de nosso mundo, ainda em ascenção.Aos poucos vamos percebendo que "nossa matéria" é mais sutil.Que podemos fazer certas coisas que jamais no corpo físico.Talvez, uma das primeiras coisas que se faça é aquilo de "atravessar paredes".É legal, mas particularmente, não gosto muito disso.É como se passássemos dentro daqueles poucos centímetros vendo "o espaço" daquela matéria.Acho que não consegui explicar direito, é estranho como às vezes, as palavras não são suficientes para explicar certas coisas!Bem, o fato é que acho um ruído bastante incômodo, ao atravessar paredes ou portas.
Acho que já falei sobre uma certa experiência, onde literalmente dei com a cara na porta!É mole, tive que ir lá abrir a porta manualmente.Fazer o quê!
Ainda sobre o corpo, verifica-se que possui as mesmas propriedades de sensações, ele reage ao toque assim como no físico.Se acaso vier a se tocar, enquanto em corpo astral perceberá que estará consciente de seu ato e automaticamente, seu corpo físico vai entender essa mensagem e responder imediatamente a esse toque.

Espero que esteja dando para esclarecer algumas coisinhas sobre essa ciência, que ainda sei tão pouco.

Projeção astral - choque de retorno

Vixi, agora o bicho pegou, você estava numa projeção normal quando de repente algo acontece e você se pega em estado de choque convulsivo.Oras, isso dá medo, podem estar pensando, mas calma tudo tem que ter uma saída.Se agarre com seu melhor santo, ou com a divindade, anjos e peça a sua proteção e ajuda, falo isso porque funcionou comigo, meu anjo deu uma mãozinha pra sair desse estado tenebroso.É importante que todos tenhamos fé, ela sempre nos alia a bons amigos espirituais, que sem dúvida nos socorrem quando mais precisamos.
Quando estamos em astral o melhor mesmo é presenciar tudo de forma bem fria, quero dizer sem sentir grandes emoções, visto que elas nos atrapalham e podem sem querer nos trazer de volta ao corpo na velocidade da luz.Quando isso me ocorreu, lembro perfeitamente, foi uma coisa horrível!Eu tinha voltado ao corpo e ainda consciente sentia meu corpo todo perdendo o controle sofrendo violentos espasmos!Garanto que é assustador, mas faz parte do pacote, ainda mais porque sabemos que estamos lidando com fenômenos extra-físicos.
Seja lá o que nos acontecer serve, sem dúvida, para nos ensinar algo, ainda mais que estamos, literalmente, num mundo que "não é nosso".
Para quem por acaso tiver uma experiência dessas, acho que não deve se deter no caminho desse aprendizado.Isto é apenas mais uma lição, nada mais, além do que muitas coisas boas ainda poderão nos acontecer na estrada das projeções.

Projeção astral - estado vibratório

Bem, esse estado não é lá muito agradável.Às vezes, quando somos despertados percebemos claramente um monte de correntes "elétricas" percorrendo nosso corpo.São obviamente correntes indolores de energia que circulam por todo nosso corpo antes da projeção.
Muitas pessoas não presenciam de fato esse estado, elas meio que "pulam" ele.Mas com certeza passaram por ele, sem ter consciência disso, estavam dormentes.
Bem imaginem a sensação de um estado de catalepsia com as correntes vibratórias?
Como já disse, tudo isso é natural, e também é passageiro.E depois lá na frente a experiência vai compensar.
Vai a dica para aqueles que estão começando agora, tudo é válido no campo do conhecimento, podemos aprender muito consigo mesmos, mas também podemos buscar lá fora as informações que nos são necessárias para um melhor desempenho.Não se prendam a nada, apenas tirem suas próprias conclusões por si mesmos.O início da experiência já nos ensina muito e podemos ir muito além do princípio das coisas.... se quisermos!

Projeção astral - Catalepsia

Tenho visto que muitas pessoas ficam com medo ou receio da catalepsia, que é quando nossa consciência acorda e damos de cara com nosso corpo totalmente imóvel, paralisado.
É meio assustador você acordar no meio do nada e não poder mexer um dedinho sequer, alguns ficam apavorados achando que morreram ou sei lá o que mais.O fato é que esse é um estado normal para quem está prestes a sair do próprio corpo.Esse estágio acaba se transformando num obstáculo à medida que a pessoa devido ao medo e coisa e tal, não mantém a devida concentração para a futura experiência.Então, muitas vezes acabam não passando dali, o que é uma pena.
Para quem se encontra em estado cataléptico o mais importante é manter a calma, tendo plena consciência de que isso é natural, de que isso não é perigoso.Precisamos apenas relaxar e aceitar esse momento, esperando apenas que essa sensação de imobilidade passe.Se assim permaneceres, certamente ela vai passar e você verá que é capaz de superar e ir em frente.

Não fique lutando consigo mesmo, isso é muito desgastante, ficar tentando se mover sabendo que não vai conseguir!Desista, se deixe levar pelo momento, tendo sempre em mente que amigos espirituais estão sempre por perto para nos ajudar naquilo que for preciso.
Mantenha-se tranquilo, e saiba que estás prestes a apreciar algo fantástico e maravilhoso, dantes nunca sonhado.

"Amor - a máxima expressão divina"

data: 31 de janeiro de 2009

Para refletir

Amor - a máxima expressão divina.

Todos nós somos partículas de amor dotadas de vida.Somos também ferramentas divinas portadores dessa grande MAGIA que se chama AMOR.
Quem conhece a dádiva do amor sabe que está diante de algo grandioso demais, que até chega a ser quase imcompreensível aos olhos humanos.
A força do amor brota da alma, finca raízes no coração e segue rumo em direção ao infinito.
Quem já conheceu o amor sabe que não se pode ir contra ele, o que se pode é se aliar à ele.
Amor de verdade é aquele se ama porque se ama, porque é esse o estado de espírito.
Amor de verdade sobrevive ao vento, ao tempo, à distância.
O amor de verdade nos torna muito melhores do que somos, nos torna mais belos, mais especiais, mais plenos de si mesmos.
Amor de verdade é aquele que justifica todos os nossos dias mesmo quando a figura amada se torna ausente em nossa vida.

Amar é ter o peito corroído pela dor, é sentir a intensidade da chama que nos consome a cada dia.
É olhar as estrelas e contemplar no céu um universo infinito de mistérios.
Amor de verdade é vibrar quando o outro está feliz, é chorar quando o outro está infeliz.
Amar de verdade é perceber o brilho no olhos do outro, é sentir a beleza de sua alma e a profundidade de seu coração.

Enfim, amar e ser amado, eis o que todos nós sem exceção buscamos!

"Felizes aqueles que possuem um amor para se recordar, um amor para buscar, um amor para sonhar".


Joiss Cannis

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"Picles e Etelvina"

Esses dois personagens fazem parte de meu primeiro romance.
Enfim, são muito especiais...


Etelvina com seus balangandãs, chacoalhava-se toda lá pros lados da paróquia do padre Picles.
O padre, porém, fazia gestos de desaprovação, devido aos atos profanos de dona Etelvina.Mas que ela nem se importava, que nada.Não desanimava nunca do pobre coitado.Entre Deus e o diabo de mulher como aquela.

Quanto mais rezava, mais lhe aparecia a assombração daquela mulher!
E já nos últimos anos de sua estada naquela paróquia, o padre já se encontrava visivelmente perturbado, por aquela presença constante na casa de Deus.Castigava-se, como que para se afastar daquela tentação, até fazia dias e dias de jejum, além de ajoelhar no milho, enfim, tudo era válido.

Até que certo dia para infelicidade dos fiéis e da igreja, padre Picles não mais resistiu à diaba.E foi lá nos quartinhos do fundo da igreja que se deu a perdição.Perdera-se nas carapinhas da nega Etelvina.E a negona sorria satisfeita, enfim, conseguira seu intento.
Não demorou muito e logo os boatos correram as vizinhanças.
E, claro, depois do delito cometido era de se supor que a permanência do padre naquela paróquia estavam com os dias contados.
O padre em reconhecimento do pecado cometido, pediu seu afastamento definitivo da igreja, agora não tinha mais jeito.Os fiéis, apesar de tudo choravam sua partida, mas era assim que tinha de ser.
E lá se foram os dois infiéis caminhando juntos de mãos dadas em direção ao mundo, não sabiam o que os aguardavam lá fora, mas o AMOR justificava tudo.

Eis a reflexão:

"Mas quem pode fugir ao destino?"

"Desejo malicioso"

Toda noite você vem na minha cama, me chupa, me morde, me deixa louca!
Entra embaixo do meu lençol e me alucina.
Eu te procuro, mas não te acho.
Uma noite depois de me deixar louca, senti o sangue escorrer entre minhas pernas.
Senti loucura, mas senti-me aliviado...

... porque matei você, seu pernilongo miseráve!!!!


OBS: "Essa é uma homenagem a minha amiga Eliana, que me enviou isso a muito tempo atrás...rs"

"A terceira chave para o sucesso"

Geralmente o passado é um dos piores obstáculos para se remover.Os paradigmas aos quais ficamos durante muito tempo acometidos, turvam nossa visão.Mas é necessário lembrar que paradigmas são apenas paradigmas e podem ser mudados, a qualquer momento.Se conseguimos transpor essa barreira, nosso inconsciente poderá respirar mais aliviado e assim se libertar, trazendo à tona novos ideais, novas emoções e sentimentos.
É preciso crescer de todas as formas que se puder, e para isso precisamos permitir que essa mudança ocorra em nossa mente.Somente nos permitindo algo novo, podemos dar um novo sentido para nossas vidas.

"Quando se decide mudar algo em nossas vidas, precisamos dar oportunidade para que essa mudança ocorra".

Velhos padrões de comportamento não vão abrir as portas para o sucesso.O universo jamais foi estático em toda a sua existência, e temos de andar de acordo com suas leis.
Viver contra as leis é como nadar, o tempo todo, contra a corrente é dar murro em ponta de faca.
Na vida há uma certa ordem, que deve ser seguida e quando não agimos de acordo, nos desgastamos 1000 vezes além do necessário.
Mas em dado momento um algo mais acontece, um sinal da divindade nos acena, pode ser um livro, uma revista, um amigo a lhe falar.Eis que sem querer mergulhamos num instante mágico, que é aquele momento no qual percebemos um algo mais na vida, onde a percebemos como parte de um todo.De repente, algo estala, e vemos um brilho, uma magia que antes não era nem vista nem sentida.
Bem nesses momentos, podemos sentir a volúpia do prazer que é viver, que é estar vivo, livre para fazer nossas próprias escolhas e certos de que através delas poderemos nos tornar plenos e vitoriosos, à medida que vamos construindo um final mais feliz pra nossa história.

Tornando meu idioma estrangeiro - retirando o significado das palavras!

Essa é uma curiosidade e tanto!!
Não sei como aprendi a fazer isso, mas acho o maior barato.
Bem, consiste no seguinte, enquanto ouço pessoas conversando, instantâneamente consigo retirar o completo significado do português!
Então, é como se eu estivesse ouvindo estrangeiros numa língua bem difícil!
Nesses momentos não reconheço nenhuma palavra, nem significado. Sei que é uma coisa bem maluca (mais uma, rs) mas é exatamente assim que acontece.
Nunca soube de ninguém que fizesse isso, então, por favor, se tiver mais algum louco que faz isso, entre em contato!!
Se me perguntarem pra que isso serve, a resposta é: Não sei!
Mas sei que é muito legal.

"Vida brasileira"

A vida é uma sucessão de erros e acertos,
de derrotas e conquistas,
é um sem fim de coisas incessantes,
que não se calam, que não se fingem
enfim, que expiram a cada instante,
de vez enquando,
mas fazer o quê, quando
não se sabe o que fazer?

É um tre-lê-lê,
é um auê de caraokê.
se viu, fingiu-se que não viu
se falou, fingiu-se que não falou.
É um bumbuzá,
é um saramandaiê.
Eita que já vou me deitar, no miar
no calar da noite fria de sabá.

É pra calar o vozerio desse povo vil
que num quer parar de trabalhar,
de cantarolar, de suar,
de surrupiar e rodopiar.

Eita que o dia amanhace
que o sol desfaz a lua,
que a vida continua,
num raiar ensolarado
em pequenas doses, goles, gulas e
gotas de suor,
puro autêntico,
transeunte, mal quisto,
porém, bem visto.

Eita que somo tudo é brasileiro,
cheio de ginga, de amor e compaixão,
pela música, pelo poeta e pela Nação"

"O processo criativo"

O processo criativo vem de um lugar que se chama alma, um lugar onde mora um imenso oceano.
Lá é onde mergulho, onde vivo com todos os meus sentidos.Podem até me chamar de louca, mas não são todos que descobrem esse reduto sagrado.Onde tudo, mas tudo mesmo pode acontecer!
Vivo intensamente cada personagem, cada lugar, cada história da maneira mais profunda e mágica do mundo.Tudo posso na minha criatividade, posso ser uma freira, posso ser uma louca varrida, sem que tenha de me explicar a ninguém.É um mundo particular onde só entra quem eu permito e ninguém mais, ponto.
Se me questionam onde mora a tal inspiração, posso dizer no coração.Lá reside a base de toda a inspiração, lá reside todas as histórias que me tornaram quem sou.Sou o que sou graças a todos aqueles que passaram por minha vida, e que deram a sua contribuição em amizade, em aprendizado, em amor.
A imaginação é como uma bailarina que dança na minha frente sem parar.À todo momento estou pronta para o processo criativo.E àqueles que possuem algum tipo de bloqueio, afirmo e garanto, que o problema está na falta de alma.Precisam mergulhar no que a princípio parace escuro, precisam aprender a enxergar com os sentidos internos, é aquilo de ver com os olhos da alma, tão simples assim.
Escrever não é difícil, o difícil mesmo é se ENTREGAR à história.Geralmente, fazem o contrário tentam colocar no papel algo que nem viram e nem sentiram, aí fica realmente muito difícil, é como andar no escuro.Agora, se conseguimos ver e sentir toda a emoção de nossos personagens, daquilo que vivem, garanto não tem como dar errado!Depois disso basta transferir para o papel.
É tão prazeroso que quem se dispõe a escrever não consegue parar mais!
É uma arte única, onde podemos comungar não só com o universo, mas com todas as pessoas do mundo.

"A profundidade do amor que há em mim"

Certa vez escrevi que ninguém era capaz de entender a profundida do amor que havia em mim: luz - amor - luz.
Como podem entender aquilo que vai no âmago de uma pessoa, se não há palavras no mundo que podem descrever certas sensações e emoções.Como julgar àquilo que os olhos não vê, mas o coração sente.
Sou uma centelha divina à medida que amo ao meu próximo mais que tudo.Sofro infinitamente com as agruras de suas vidas, choro por tantas crianças abandonadas, perdidas, sem que tenham o mínimo de uma vida digna.Ora, isso não é seguir a Lei? Quantas e quantas vezes tiro de minha própria boca se for o caso para ajudar o próximo, quem pode julgar isso?
Com que direito as pessoas se julgam superiores e acham que podem menosprezar aqueles que não seguem pelo mesmo caminho que eles?.
Ao mesmo tempo que indigno-me, sinto pena, porque a esses não é dada a compreensão maior das coisas, conseguem ver apenas uma pequena parte do que é realmente o patrimônio de Deus.
Tolo é aquele que acha que conhece a verdade e quer convencer a todos de que esse é o único ca minho até Deus!
Ora, mas quanta pretensão!É por isso que o mundo está numa verdadeira guerra santa.
Dogmas!Para quê servem? Justamente para isso para que as pessoas sirvam, sem nada questionar, sem ter opinião própria, onde vale as regras dos homens!Na medida em que acham e querem nos convencer de que essas mesmas regras provêm de Deus.
Gente, Deus é LIBERDADE, é AMOR incondicional, ama a todos, não se importando "onde" estão.Mas é uma contradição!
Se tu estás feliz no caminho que estás. ótimo vai em frente.Mas esteja certo que o reino de Deus está para todos:

"O caminho de meu pai tem muitas moradas"

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Viagem astral - dando com a cara na porta!

Como naquele filme, que eu adoro: Ghost!
Certa vez aprendi a atravessar paredes, mas confesso que a sensação não era nada agradável.Havia um ruído que incomodava, parece que eu conseguia ver dentro da matéria das partículas, ao mesmo tempo era como um vácuo, um deserto até chegar do outro lado.
Curiosamente ocorreu-me algumas vezes, o fato de não conseguir atravessá-las, literalmente, dava com a cara na porta!Ei-ta coisa chata, então, nada melhor que voltar ao método tradicional de abrir a porta manualmente, fazer o que né, tem horas que se não dá, não dá.

Viagem astral - esticando o dedo

Aprendi um exercício bobinho, mas de certa forma útil, consiste em quando estiver fora do corpo você puxa seu dedo indicador, e automaticamente ele vai se esticar, como se fosse de borracha.
Parece meio tonto, mas de repente, se quisermos tirar a prova de que realmente estamos fora do corpo, basta fazer isso e pronto!!Automaticamente sabemos que estamos em outra dimensão.
Geralmente quando faço isso, tenho uma sensação de ziiii, de azedo.Tem horas que as palavras não conseguem descrever as coisas com mais exatidão, certamente, acho que não vão conseguir captar aquilo que estou querendo dizer.Vale mais a experiência, afinal, pra cada um ocorre de maneira diferente. Abraço aos companheiros de aprendizagem.